[Perfil Biológicas] Maria Benigna: uma vida dedicada à ciência e à educação superior

Em 1º de setembro de 1951, nascia em Taquaritinga, no interior de São Paulo, Maria Benigna Martinelli de Oliveira, que se tornaria uma das mais importantes docentes da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Farmacêutica bioquímica de formação, dedicou sua trajetória ao ensino, à pesquisa e à gestão acadêmica. Sua vida foi interrompida tragicamente em 7 de março de 2008, em Curitiba, durante um assalto, deixando um vazio profundo na comunidade científica.

Graduada em Farmácia e Bioquímica pela Universidade de São Paulo (USP) em 1973, mudou-se para Curitiba, onde fez mestrado (1977) e doutorado (1986) em Ciências (Bioquímica) pela UFPR. Ingressou como docente da instituição em 1981, e a partir de então construiu uma carreira sólida e exemplar. Foi professora assistente, adjunta e, desde 2004, ocupava o cargo de titular do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular.

Ao longo de quase três décadas, lecionou nos cursos de Odontologia, Farmácia, Medicina, Nutrição, Biologia, Engenharia Florestal e Medicina Veterinária e ajudou a formar gerações de profissionais da saúde. Na gestão acadêmica, destacou-se pelo dinamismo e pela visão estratégica. Entre 1996 e 2000, coordenou o Programa de Pós-Graduação em Bioquímica, função em que deu novo fôlego à pesquisa da área.

Também atuou como vice-coordenadora, chefe de departamento e, em 2006, assumiu a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da UFPR, sendo lembrada pelos colegas como uma líder responsável e incansável na defesa da ciência e da formação de novos pesquisadores.

Sua produção científica é extensa e respeitada. Publicou 48 artigos em revistas especializadas, 5 capítulos de livros e aproximadamente 150 trabalhos em anais de congressos. Como orientadora, acompanhou de perto oito dissertações de mestrado, oito teses de doutorado e nove coorientações. Pesquisadora do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) desde 1988 e bolsista de produtividade desde 2003, Maria Benigna dedicou-se especialmente ao estudo do metabolismo, da bioenergética e da farmacologia molecular.  

Liderava o Núcleo de Estudos em Bioenergética e Bioquímica de Fármacos e Xenobióticos, coordenando pesquisas inovadoras, entre elas o desenvolvimento de compostos químicos para o controle de melanomas, um dos tipos mais agressivos de câncer de pele. Sua atuação abriu caminho para novos tratamentos contra tumores.

Mais do que números, títulos e cargos, Maria Benigna deixou um legado humano e científico. Para os colegas, era uma parceira dinâmica e dedicada; para os alunos, uma orientadora atenta e exigente; para a universidade e o país, uma cientista que acreditava no poder da pesquisa como motor de transformação social.

Mãe de três filhos, Maria Benigna Martinelli de Oliveira, chamada carinhosamente de Binha pelos mais próximos, é até hoje lembrada não apenas pela excelência acadêmica, mas pela paixão com que se entregou ao ensino e à ciência, inspirando todos que tiveram a oportunidade de aprender e conviver com ela.

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