A estudante de Educação Física da UFPR Tisbe de Souza Andrade Silva conquistou a medalha de bronze nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019 na prova de paranatação, categoria S5, 50m costas.
Tisbe nasceu com artrogripose múltipla congênita, uma doença que afeta as articulações. Quando tinha 10 anos, uma fisioterapeuta lhe indicou a prática de natação. Desde 2011, ela treina com foco nas competições de alto rendimento e, desde então, é destaque em competições regionais e nacionais. “Fiquei animada, pois foi a primeira vez que tive contato com outras pessoas com deficiência”, relata a estudante.
A paranadadora Tisbe de Souza tem 21 anos e desde 2011 se dedica à natação em nível competitivo
Depois de ser eleita a melhor paratleta do desporto brasileiro em 2017, Tisbe foi convocada para a seleção brasileira. Assim, sua rotina se intensificou – a atleta treina de segunda a sábado. Por isso, a aluna diminuiu o ritmo de aulas, visando sua participação nas Paralimpíadas de Toquio em 2020. Porém, Tisbe acredita ser importante a sua presença na UFPR. “Eu fico muito feliz de fazer parte da história da universidade, pois tenho apoio e abertura para deixar minha jornada mais flexível”.
A atleta conta que, depois que começou a nadar, melhorou em vários aspectos da vida e passou a aceitar sua condição. “Tudo o que eu consegui foi pelo incentivo dos meus pais a fazer as coisas e seguir a vida normalmente”. Além disso, tornou-se referência para outras pessoas que também possuem a artrogripose, incentivando a prática esportiva. “Várias mães vieram me perguntar sobre a mesma deficiência em seus filhos. Acho bem legal essa representatividade”.
O Brasil foi representado por Tisbe e outros 337 atletas paralímpicos em Lima. Fotos – arquivo pessoal