Setor de Ciências Biológicas

Produzindo Ciência – Pediculose

 

 

A infestação por piolhos é um problema comum em escolas de todo o Brasil e, apesar da alta prevalência, a falta de informações impede uma melhor compreensão sobre a doença.

A doutoranda em Microbiologia, Parasitologia e Patologia da UFPR Juciliane Haidamak realiza estudos para determinar fatores que tornam uma pessoa suscetível à pediculose – ou seja, quais as chances de ser afetada por piolhos e o que define essa característica. A pesquisa consiste em analisar, com base em amostras coletadas, se existe algum grupo de bactérias ou fungos que possam atrair ou repelir o piolho.

Para o andamento da pesquisa, foram reunidas amostras da microbiota (conjunto de microorganismos como bactérias e fungos) do couro cabeludo de 20 crianças que convivem diariamente em uma escola de Almirante Tamandaré. Dentre as vinte amostras, dez eram relativas a crianças com pediculose e a outra metade a crianças que não possuem piolhos frequentemente.

Além disso, também foram retirados 150 fios de cabelo para estudar a probabilidade de seu diâmetro influenciar na ocorrência dos piolhos. As amostras foram retiradas de quatro partes da cabeça: nuca, atrás das duas orelhas e parte frontal do couro cabelo.

Para que não houvesse interferência de aspectos externos, as crianças foram instruídas a não lavar o cabelo por 24h, evitar o uso de perfume próximo a região da nuca e não ingerir alimentos como cebola, alho e pimenta. Todos esses fatores poderiam prejudicar a análise dos dados e alterar os resultados.

A coleta foi executada através do uso de um suabe – haste flexível, que foi aplicada ao couro cabeludo para recolher o material a ser analisado.  Após coletada, a microbiota foi isolada e analisada dentro de 24h, para que não houvesse o envelhecimento das bactérias. Após isso, foi possível identificar a morfologia das bactérias, separar e extrair o DNA e então sequenciar todo o material.

A fase atual da pesquisa é de comparação entre os materiais coletados para verificação se realmente há algum grupo de bactérias na ocorrência de piolhos, principalmente em crianças. “Até agora, vimos que existe um possível grupo de bactérias inserido no grupo de alta suscetibilidade, que pode ser que atraia os piolhos.”, conta Juciliane, que defenderá sua tese neste primeiro semestre.

Caso haja realmente a comprovação desse fator, a pesquisa servirá de modelo e proporcionará abertura de portas para novos produtos que, em vez de apenas tratar a pediculose, também evitem a proliferação dos piolhos, como shampoos, loções e cremes.

Por Isabela Sizanoski – ASPEC

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