Estudantes e pesquisadores de diferentes programas da UFPR estão desenvolvendo uma pesquisa a fim de conhecer o perfil das mulheres que praticam corrida de rua na cidade de Curitiba/PR, bem como a influência de fatores ambientais associados a essa prática. O trabalho visa estimular a construção de políticas públicas para a prática da corrida de rua por mulheres em âmbito municipal.
Coordenada pelas professoras Ana Carolina Brandt de Macedo e Talita Gianello Gnoato Zotz, do Departamento de Prevenção e Reabilitação em Fisioterapia, a equipe está aplicando um questionário com o objetivo de levantar dados sobre a prática feminina do esporte em Curitiba. O projeto recebeu até o momento em torno de 160 respostas e o levantamento prévio de alguns dados já chamam a atenção.
Segundo as respostas coletadas, 57% das participantes já foram vítimas de algum tipo de assédio: 33% receberam cantadas indesejadas, 29% notaram olhares insistentes, 20% ouviram comentários de cunho sexual, 8% foram perseguidas, 3% receberam gestos obscenos, 2% foram fotografadas sem autorização, 2% foram tocadas sem autorização e 1% foram alvo de exibição de partes íntimas. Além disso, 7% já foram assaltadas e 3% sofreram algum tipo de violência física durante a prática da corrida de rua.
A pesquisa é dividida em duas etapas, iniciando pela resposta a um questionário on-line (acesse aqui), seguida de avaliação físico-funcional presencial e entrega de laudo fisioterapêutico com os achados da avaliação.
Texto e arte por Danielle Salmória (Aspec/SCB/UFPR).