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Teste diagnóstico desenvolvido pela UFPR e UFSCar vence Prêmio de Inovação Médica

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Um teste inovador para diagnóstico de hanseníase desenvolvido na pelas Universidades Federais do Paraná (UFPR) e de São Carlos (UFSCar), foi o vencedor do Prêmio Dasa-Veja Saúde de Inovação Médica 2021, na categoria Medicina Diagnóstica.

A premiação, conduzida por júri técnico formado por profissionais que são referências na Medicina brasileira, busca, segundo os organizadores, reconhecer projetos, instituições e profissionais de Saúde “que fazem a diferença nas áreas científica, clínica e assistencial”. Além de Medicina Diagnóstica, há as categorias de inovação em Prevenção e Promoção da Saúde; Genômica; Tratamento; Medicina Social; e Healthtech.

As instituições patentearam um teste portátil, pouco invasivo e com alta sensibilidade que auxiliará os médicos no diagnóstico de maneira mais precisa. Trata-se de um imunossensor, que identifica a presença e a concentração de anticorpos produzidos na pessoa infectada pelo contato com o bacilo causador da doença. Mais detalhes sobre o teste estão em reportagem publicada no portal da UFPR em setembro de 2021.

Hoje, o diagnóstico ainda é sobretudo clínico, ou seja, apenas após o aparecimento dos sintomas, o que pode demorar anos desde a infecção, e o desenvolvimento de testes para uso na comunidade ou no local do primeiro atendimento é, inclusive, um dos grandes desafios elencados entre as prioridades de pesquisa na estratégia de OMS.

“Quando as pessoas com hanseníase procuram atendimento, é muito comum que o comprometimento já seja grande. Em 2019, por exemplo, 10% dos novos casos no Brasil, cerca de duas mil pessoas, já tinha o chamado comprometimento de grau dois, com perda de acuidade visual e dificuldade, por exemplo, de segurar um copo. Por isso também a relevância do diagnóstico precoce”, complementa Juliana Ferreira de Moura, docente do Departamento de Patologia Básica da UFPR que, junto com o professor Ronaldo Censi Faria, da UFSCar, orienta os trabalhos que resultaram no teste patenteado e, agora, premiado. Além deles, são titulares da patente Cristiane Zocatelli Ribeiro e Sthéfane Valle de Almeida, estudantes de doutorado orientadas, respectivamente, por Moura e Faria.

Os estudos e esforços de pesquisa que resultaram no teste contaram com apoio financeiro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). O processo de registro da patente teve apoio da Agência de Inovação (AIn) da UFSCar.

Texto adaptado de notícias publicadas no site da UFSCar e da UFPR 

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