A estudante de biomedicina Marina Saade estudou em seu TCC a influência de diferentes estressores na memória aversiva extinta. A memória aversiva é o resultado de um processo que permite a nós e outros animais evitarmos estímulos e situações de perigo.
Sob a orientação do professor Bruno Martynhak, Marina colocou alguns ratos em uma situação de medo, em que os animais recebiam pequenos choques nas patas. Depois ela extinguiu essa memória, colocando os ratos no mesmo local por 30 minutos, mas sem receberem choque. Assim, os animais passam a aprender que aquele local passou a ser seguro. Depois disso, ela aplicou diferentes estressores, com diferentes intensidades em dois momentos diferentes, para saber se eles tinham alguma mudança na resposta de medo no novo contexto.
Os resultados indicaram que estressores que não são associados ao contexto aversivo não possuem influência sobre a resposta de medo.
Marina conta que a hipótese do trabalho não foi confirmada. “Apesar do nome extinção, a memória ainda está lá, o que ocorre é um novo aprendizado, então imaginávamos que um estressor pudesse fazer essa memória aversiva voltar à tona. Mas não foi o que observamos”, explica.
Marina já está aprovada no mestrado em Farmacologia na USP. “No segundo semestre, vou pra lá, continuar fazendo pesquisa em neurociências, mas em uma área diferente”, adianta a estudante.