Estudantes de Biologia participam de vivência junto do povo Guarani para aprender sobre a conservação da sociobiodiversidade e as lutas dos povos originários

No dia 12 de abril, discentes da disciplina de Educação Ambiental, ministrada pela professora Carina Catiana Foppa, participaram de uma Saída de Campo no Território Sagrado Floresta Estadual Metropolitana de Piraquara. O Território Sagrado Floresta Estadual Metropolitana de Piraquara é uma área de conservação, de 409 hectares, sob concessão de uso aos Povos Originários Guarani-Nhawdeva, Kaingang e Terena, abrigando cerca de 12 famílias. A área sofria com crimes ambientais e má gestão municipal, situação que tem sido alterada com atuação direta dos povos indígenas que iniciaram o processo de retomada em agosto de 2021.

As atividades foram conduzidas pelo Coletivo Aporã Ete e os/as discentes puderam aprender sobre os alimentos tradicionais do povo Guarani, participar de uma oficina de grafismo indígena, e aprender sobre a arte e o conhecimento sobre símbolos e seus significados e sua associação com os mitos e histórias de cada etnia indígena, sentir a profundidade dos cantos Guarani e ter um espaço de escuta ativa sobre as lutas e a história do povos indígenas. A visita guiada à floresta pelo Elon, Jefferson, Mario e Yasmin permitiu aos estudantes compreenderem os sentidos e significados de uma terra cuidada e ocupada ancestralmente pelos povos indígenas.

A Disciplina de Educação Ambiental constitui um espaço curricular importante na formação de futuros/as biólogos/as, pois ela garante um espaço de centralidade para os povos indígenas, comunidades quilombolas e comunidades tradicionais para pensar a problemática socioambiental. No contexto da formação em Ciências Biológicas esta centralidade ainda não é garantida, o que impede a construção de alteridades, a desestruturação de estereótipos que sustentam o racismo estrutural em nossa sociedade, incluído o racismo ambiental. A realização desta saída de campo foi fundamental para compreender o papel dos povos indígenas na conservação da sociobiodiversidade e as formas de aprender-fazendo com estes grupos e suas lutas.

A discente Flores Turatti, avaliou a vivência em seu Relatório de Campo: “Esta saída de campo foi uma convivência agregadora, sensível e essencial para minha formação pessoal e como bióloga. Em cada gesto do povo indígena, desde os cantos partilhados, até às comidas preparadas e, principalmente, nas palavras de Elon, senti muito acolhimento e conexão com a terra e com as outras pessoas. A problemática socioambiental é uma questão que envolve relações humanas, histórias, espiritualidade e respeito. Volto dessa experiência tocada e grata, disposta a honrar o que me foi ensinado. Espero ter ainda mais contato com os povos tradicionais e aprender muito mais com esses saberes tão bonitos“.

Para maiores informações sobre o Território Indígena:
@eloynhandewa
@aporaete

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