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Novo professor na Fisiologia já chega com planos para as próximas décadas na UFPR

Publicado em: 05 de junho de 2023 por Aspec
Por Danielle Salmória e João Vitor de Oliveira

marcelo

Marcelo Picinin Bernuci nasceu em “uma cidadezinha minúscula”, como ele diz, chamada Flórida, no interior do Paraná. A cidade fica a cerca de 45 minutos de Maringá, onde ele graduou-se em Ciências Biológicas na Universidade Estadual (UEM). Na Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto, fez o mestrado no Laboratório de Neuroendocrinologia, período em que desenvolveu um modelo de estresse crônico em ratos a fim de induzir cistos no ovário. O estudo foi complementado no Chile, onde estagiou por seis meses.  

No doutorado, Marcelo estudou neuroendocrinologia da reprodução, mapeando os neurônios em uma região específica do cérebro chamada lócus cerúleo, que descarregam noradrenalina durante situações de estresse. Ele descobriu que há uma via que desce pela medula espinhal, chega ao nervo do ovário e causa essa descarga hormonal. “Quando a mulher está sob estresse crônico, essa descarga frequente de noradrenalina nos ovários induz a cistos ovarianos, então eu busquei entender esse mecanismo”, explica. 

Existem diferentes tipos de estresse. Marcelo explica que o estresse agudo desencadeia uma resposta aguda específica, normalmente simpática. Quando passa a ser crônico, pode ser constante ou intermitente. No estresse crônico intermitente, há ativação de algumas vias, como a via simpática para o ovário. No estresse crônico constante, é uma via da glândula suprarrenal que libera muito corticoide, causando diversas alterações no corpo, como redução de memória, alterações no sono e desmineralização óssea. 

Após passar pela Universidade de Oregon (Estados Unidos) durante o doutorado, defender sua tese no Brasil, realizar um pós-doutorado no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto e lecionar  por dez anos no curso de Medicina na Unicesumar, em Maringá, Marcelo chega agora a UFPR como novo docente no Departamento de Fisiologia. E ele já está envolvido em diversas atividades acadêmicas, como o Projeto de Extensão Fisiodivulgando, que produz materiais didáticos para professores da rede de ensino fundamental e médio. “É um projeto muito legal, a gente utiliza das redes sociais para que esses alunos se interessem mais pela ciência e venham fazer os nossos cursos no futuro. Usamos especialmente o Instagram e Facebook, mas também estamos começando com o Youtube e pretendemos também utilizar o TikTok”, conta. Alguns temas específicos estão no radar do professor, como o impacto de disruptores endócrinos no sistema reprodutor masculino e feminino, inclusive dos nanoplásticos e micropartículas de plásticos que estamos consumindo, “porque a gente está jogando muito plástico no mar e esses plásticos estão se dissolvendo e formando micropartículas e essas micropartículas saem do mar pelas correntes de vento, por meio das aves ou dentro dos peixes que a gente consome”, preocupa-se.

Haja fôlego! Mas como ele mesmo diz, “tenho até os 80 anos, se tudo der certo, pra ficar aqui, né? Tenho tempo!”

Com certeza, Prof. Dr. Marcelo! Que essa caminhada seja mesmo longa e de sucesso! Seja muito bem-vindo!

 


Filha da casa, Francislaine retorna a UFPR como professora de Farmacologia

Publicado em: 26 de maio de 2023 por Aspec
Por Danielle Salmória e João Vitor de Oliveira

Graduada em Medicina Veterinária pela Universidade Paranaense (UNIPAR) em 2007, a curitibana Francislaine Aparecida dos Reis Lívero realizou o mestrado e o doutorado em Farmacologia na UFPR nos anos de 2012 e 2016. Antes mesmo da defesa de sua tese, foi convidada a realizar um pós-doutorado na Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), no Mato Grosso do Sul, onde investigou as atividades farmacológicas de produtos naturais em doenças hepáticas, pulmonares e cardiovasculares através dos saberes populares da região. Nesse período veio o convite para trabalhar como docente na UNIPAR, em Umuarama-PR, função que exerceu por seis anos, lecionando para turmas de graduação e pós-graduação. Agora ela retorna a UFPR instituição onde cursou mestrado e o doutorado como professora adjunta do Departamento de Farmacologia.

“Estar como professora aqui na UFPR é como se eu estivesse voltando para casa, porque estudei por seis anos aqui. Apesar de já conhecer o Departamento, imaginei que fosse viver um desafio em retornar como docente ao lugar de onde saí como aluna. Mas está sendo ótimo, os professores me acolheram muito bem, todos muito solícitos. Imaginei que pudesse haver um certo distanciamento por questões de experiência, mas vejo que os profissionais se complementam muito. A relação entre professores em início de carreira com professores mais experientes tem sido uma troca de experiências muito positiva. É uma honra reencontrar os meus professores agora como colegas de trabalho”, diz Francislaine.

Apaixonada pela educação, Francislaine busca inovar e aprimorar constantemente seus métodos de ensino. Especializar-se em metodologias ativas de ensino facilitou a ela tornar suas aulas mais lúdicas, descontraídas, engajando os estudantes por meio da gamificação. “Tudo isso vai de encontro com a nova geração, que é multiconectada e realiza multitarefas. Essas ferramentas contemporâneas motivam os estudantes e melhoram os índices de aprendizagem”, comenta.

Francislaine já está envolvida em um Projeto de Extensão em parceria com a Professora Dra. Joice Maria da Cunha, que visa atender estudantes de escolas públicas. O projeto consiste em proporcionar aos estudantes uma semana repleta de atividades relacionadas ao tema central da dependência de drogas.

Quanto a rotina fora dos corredores acadêmicos, Francislaine curte cozinhar e estar em contato com a natureza, principalmente na praia. “Meus pais estão morando em Guaratuba, então sempre que posso, eu dou um pulinho lá”, conta.

francislaine

“Trabalhei em clínica, mas sentia muita saudade do ambiente acadêmico. Eu sempre quis ser professora. Então voltei à universidade para cursar o mestrado e atuar em pesquisa, que também gosto bastante.” — Profa. Francislaine

 

Seja bem-vinda, professora! Que possa trilhar um caminho de muitas realizações na UFPR!

 


O novo professor da Botânica e um reino fascinante

Publicado em: 17 de maio de 2023 por Aspec
Por Danielle Salmória e João Vitor de Oliveira

O reino Fungi é incompreendido e temido por algumas pessoas, mas para Mateus Adurvino Reck, é motivo de paixão e fascínio. Natural de Santana do Livramento (RS), graduou-se em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Logo no início do curso, inspirado por uma das disciplinas, enxergou uma infinidade de possibilidades que poderia trilhar ao estudar os fungos. Naturalmente, o caminho acadêmico de Mateus seguiu pelo mestrado e doutorado em Botânica, ambos pelo Programa de Pós-graduação em Botânica da UFRGS.

Durante o doutorado, Mateus dedicou-se à taxonomia dos fungos macroscópicos, um estudo que envolve a descrição e identificação da diversidade desses organismos. Para ele, essa pesquisa envolvia mais que apenas reconhecer as espécies já catalogadas: também desvendar novas espécies e gêneros. Sua exploração não se limitou a um local específico, mas abrangeu diferentes regiões do Brasil, desde um parque em Porto Alegre até o litoral e várias outras regiões do Sul do país.

A aptidão para a docência se deu de forma gradual. Como bacharel, o seu foco estava na pesquisa. No entanto, ao realizar estágios docentes no doutorado, Mateus descobriu o quão interessante era lecionar. No pós-doutorado realizado em Florianópolis (SC), sentiu o gostinho do ofício lecionando para turmas de pós-graduação. Depois, como professor na Universidade Estadual de Maringá (UEM), a paixão pelas salas de aulas já estava consolidada!

Agora Mateus trabalha como docente junto ao Departamento de Botânica da UFPR. “A UFPR é uma universidade ótima e a cidade é muito boa. A vida aqui é mais agitada, mas estou me adaptando”, revela. Em seu projeto de pesquisa pretende continuar o trabalho iniciado no doutorado, descrevendo a diversidade de macrofungos decompositores de madeira na Mata da Araucária e na Mata Atlântica.

Ele também já está pensando em Projetos de Extensão. Como um apaixonado pela área de fungos, ele percebeu que esse reino está em evidência. Com o sucesso da série The Last Of Us, os fungos têm conquistado muito espaço na mídia. “Enxergo esse momento como uma oportunidade para divulgação e desmistificação desses organismos. A maioria deles são inertes, não causam nenhum tipo de alergia ou qualquer outro problema. Mas as pessoas ainda têm um certo receio, e quebrar essa visão é importante”, conta Mateus.

Na Extensão, o professor pretende trabalhar em conjunto com os alunos para disseminar informações corretas sobre os fungos, desmistificando qualquer imagem negativa. Ele reconhece a importância das redes sociais nesse contexto como “ferramenta fundamental para alcançar um público amplo e transmitir conhecimentos sobre esse reino fascinante”, diz. E Mateus não perdeu tempo! Já fez algumas andanças pelo setor, realizou algumas trilhas nos arredores do SCB para coletar materiais. Aliás, planeja muitas saídas de campo com os estudantes!

Fora das salas de aula, Mateus gosta de praticar atividades físicas como correr, ir à academia e fazer caminhada com os seus dois cachorros. “Na verdade, são três, mas uma é muita idosa e não consegue. Com os outros dois eu caminho todos os dias, pelo menos 2 ou 3 km”, conta.

Fora das salas de aula, Mateus gosta de praticar atividades físicas como correr, ir à academia e fazer caminhada com os seus dois cachorros. “Na verdade, são três, mas uma é muita idosa e não consegue. Com os outros dois eu caminho todos os dias, pelo menos 2 ou 3 km”, conta.

Bem-vindo ao SCB/UFPR, Mateus! Que você possa desvendar muitos fascínios do reino Fungi por aqui!

 


Uma professora que pinta e borda a vida!

Publicado em: 03 de maio de 2023 por Aspec
Por Danielle Salmória e João Vitor de Oliveira

 

Fernanda Freitas de Oliveira é a mais nova professora do Departamento de Genética da UFPR. Natural de Guarapuava – PR, graduou-se em Biotecnologia pela UFPR em Palotina. Encantada pelas vivências nos laboratórios durante essa formação, percebeu que gostaria de trilhar a carreira de pesquisadora. Cursou então mestrado e doutorado na Universidade Estadual de Londrina (UEL) em Genética e Biologia Celular, estudando o controle da expressão gênica de plantas. Nessa época, trabalhou no antigo IAPAR, hoje IDR (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná), realizando pesquisas em colaboração com a UEL.

Profa. Dra. Fernanda Freitas de Oliveira, do Departamento de Biotecnologia, Genética e Biologia Celular da UFPR.

Profa. Dra. Fernanda Freitas de Oliveira, do Departamento de Biotecnologia, Genética e Biologia Celular da UFPR.

Conforme o tempo foi passando, Fernanda viu que poderia ir além da pesquisa e decidiu que o caminho seria lecionar. “Durante um período, eu achava que queria ser pesquisadora do IAPAR/EMBRAPA, mas depois percebi que eu não queria passar muito tempo em frente ao computador. Eu queria mais é ter contato com as pessoas. E foi aí que me encontrei, eu gosto muito de dar aula, e dentro da universidade também posso ser pesquisadora!”, explica.

Antes de ingressar como professora na UFPR, Fernanda atuou por quase três anos como professora substituta na UEM. Na UFPR, um dos primeiros projetos que pretende realizar como professora está relacionado à Extensão. “Quero criar um site que funcione como um acervo sobre assuntos de genética. Penso que, como universidade, a gente precisa expandir fronteiras”, diz.

Fora da universidade, gosta de nadar e trabalha com um artesanato chamado de “pintura de agulha”, que consiste em dar um aspecto de pintura ao ato de bordar. Essa técnica permite criar um bordado com aspecto mais realista, utilizando cores, nuances e sombras que simulam de fato uma pintura. “Quando eu era criança, pintava quadros e conseguia prestar atenção em alguns detalhes a mais. Durante a pandemia, como fiquei muito tempo em casa, encontrei um curso online e decidi fazê-lo”, conta.

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Já deu para perceber que Fernanda é pessoa que literalmente pinta e borda lindamente a vida!
Seja muito bem-vinda a UFPR, Fernanda!

 


Dia do Trabalho – Rede de reconhecimento SCB

Publicado em: 1º de maio de 2023 por Aspec
Por Danielle Salmória

 

Como verbo transitivo direto, trabalhar, entre outros significados, remete a preparar (o solo) para cultivo, lavrar. Não exatamente lavramos aqui no SCB, mas buscamos, sim, laborar o “solo” de nossas relações. Além de melhores remunerações e condições de trabalho, conquistadas historicamente em muitas lutas mundiais, pequenas conquistas na rotina também fazem diferença. Receber um elogio dos colegas de trabalho, por exemplo, não somente dá estímulo como pode gerar uma rede. Tal qual a gentileza gera gentileza, um elogio aqui leva a outro elogio ali!

Convidamos alguns servidores (técnicos, docentes e terceirizados) do Setor de Ciências Biológicas para reconhecer positividades em algum colega de trabalho. Assim, desenhou-se essa rede!

Foi difícil para eles escolher apenas um colega, todos quiseram trazer coisas boas sobre mais de um. Por questão de espaço, não conseguimos colocar todas as declarações recebidas, mas que tal expandirmos essa rede para fora das telas?

 

Rede SBC

 


Internacionalização da Fisioterapia Aquática da UFPR

Publicado em: 17 de abril de 2023 por Aspec
Por Danielle Salmória

 

A UFPR possui consolidada internacionalização de sua pós-graduação e pesquisa, reconhecida em diferentes áreas do conhecimento, com ampla gama de instituições parceiras em vários países, entre os quais Portugal. Neste país, a cidade de Chaves recebe atualmente a Profa. Dra. Vera Lúcia Israel, docente do Departamento de Fisioterapia (DPRF) da UFPR e coordenadora do Laboratório de Saúde e Funcionalidade “Alegria em Movimento” (LAM-SF).

Vera Lúcia realiza estágio pós doutoral no espaço AQUAVALOR – Centro de Valorização e Transferência de Tecnologia da Água (CoLAB). O Aquavalor é uma associação privada sem fins lucrativos fundada, entre outras instituições, pelo Instituto Politécnico de Bragança (IPB, atualmente responsável pelo ensino no Campus da Água) e pela Comunidade Intermunicipal do Alto Tâmega (CIMAT).

O estudo de pós-doutorado envolve um projeto de implementação de instrumento de avaliação da acessibilidade nos espaços hidrotermais e vivências e contribuições da Fisioterapia Aquática como meio de saúde e bem-estar da população. Além disso, o projeto de Fisioterapia Aquática, como modalidade e especialidade de contexto para saúde e funcionalidade humana, envolve “Fisioterapia: estudos e vivências nas práticas integrativas da hidroterapia na promoção e reabilitação em saúde em espaços de piscinas terapêuticas, termalismo, balneoterapia e spaterapia, escolas e instituições de ensino superior europeias como meio de intervenção do fisioterapeuta, em diferentes populações’”.

D´além mar, a professora revela estar sendo muito bem acolhida pelas Professoras Doutoras Maria José Alves (IPB, supervisora do pós-doutorado e diretora executiva do Aquavalor) e Alcina Nunes (IPB, responsável pedagógica da parte de ensino no Câmpus da Água – Chaves, Portugal) e por toda a equipe do Aquavalor/IPB. “Contribuir ao meu desenvolvimento como professora e pesquisadora da UFPR, atendendo as melhores práticas da Fisioterapia Aquática como estudiosa da área e buscar a internacionalização do DPRF são alguns dos meus objetivos para este ano de estudos em Portugal”, destaca.

Desejamos uma proveitosa temporada, Professora!

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Fachada do Instituto Politécnico de Bragança (IPB) – Campus da Água, Chaves, Portugal.

Fachada do Instituto Politécnico de Bragança (IPB) – Campus da Água, Chaves, Portugal.

 

Profa. Dra. Vera Lúcia Israel, Profa. Dra. Maria José Alves (IPB, direção executiva, supervisora do pós-doc) e Profa. Dra. Alcina Nunes (IPB, direção pedagógica). Acervo pessoal.

Profa. Dra. Vera Lúcia Israel, Profa. Dra. Maria José Alves (IPB, direção executiva, supervisora do pós-doc) e Profa. Dra. Alcina Nunes (IPB, direção pedagógica). Acervo pessoal.

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