O artigo intitulado “Paraphyly in the giant torrent-frogs (Anura: Hylodidae: Megaelosia) and the description of a new genus“, de primeira autoria do Dr. Stenio Eder Vittorazzi, pós-doutorando do LabCECA, combinou dados cromossômicos e de segmentos de genes de DNA mitocondrial e nuclear na descrição de um novo gênero denominado Phantasmarana. A etiologia do nome vem de uma combinação das palavras latinas phantasma (= fantasma) + rana (=anuros), em referência a extraordinária raridade dos anuros deste gênero na natureza e devido a enigmáticos sons emitidos por estes anfÃbios, cujo seu significados biológicos ainda não são bem compreendidos pelos pesquisadores. As seis espécies que compõem o gênero Phantasmarana eram historicamente agrupadas dentro do gênero Megaelosia. No entanto, árvores filogenéticas inferidas pelos autores do estudo sugeriram que o atual gênero Megaelosia é monotÃpico (formado por apenas uma única espécies – Megaelosia goeldii) e grupo-irmão de Hyloides, ambos os gêneros com espécies portadoras de 2n=26 cromossomos. Phantasmarana é grupo-irmão do arranjo Megaelosia+Hyloides e é constituÃdo por espécies portadoras de 2n=28, 2n=30 e 2n=32. O próximo passo de Vittorazzi e colaboradores é investigar a origem desta variação cromossômica numérica encontrada em Phantasmarana e assim, compreender melhor os caminhos de diversificação genômica ao longo da evolução deste grupo tão interessante.