No último mês de outubro, o programa de Pós-graduação em Biologia Celular e Molecular da UFPR recebeu a visita do professor Fernando Fonseca Souza Guimarães, da Queensland University, Australia. A visita fez parte do Programa de Internacionalização Capes/Print UFPR.
Egresso da UFPR, Fernando ministrou duas disciplinas: uma sobre as mais recentes descobertas sobre Imunoterapia e outra com informações para o desenvolvimento profissional de cientistas no exterior.
Fernando é egresso da UFPR e há mais de 15 anos desenvolve suas pesquisas no exterior
Na primeira delas, o pesquisador abordou os avanços da imunoterapia, que estuda mecanismos e substâncias que auxiliam o sistema imune a combater tumores, que podem vir de plantas, bactérias ou substâncias sintéticas. “Um exemplo de sucesso da imunoterapia é a vacina da Covid-19. O mundo foi vacinado por ela. Basicamente, é a ativação do sistema imune para ter uma memória longa sobre o vírus. Isso era algo que não existia em 2019” comenta.
O treinamento sobre desenvolvimento profissional buscou auxiliar os cientistas que pretendem seguir carreira no exterior, com orientações de como se comportar, por exemplo, em uma entrevista de emprego. “Você precisa ser muito sucinto e não pode falar muito[…] precisa ser direto e tentar vender da melhor maneira o seu trabalho” explica. Fernando ainda acrescenta que grandes indústrias de biotecnologia têm interesse em mão de obra qualificada, o que que pode facilitar o processo de ida para o exterior.
As disciplinas foram direcionadas a pesquisadores que pretendem seguir seus estudos fora do Brasil
Além disso, o pesquisador participou do III Simpósio Araucária de Biologia Celular e Molecular, em que conduziu discussões sobre novas abordagens imunoterapêuticas para o tratamento de câncer.
Guimarães foi o primeiro sul-americano a ser selecionado para o doutorado em Biomedicina e Ciências da Vida, no Instituto Pasteur, em Paris. Logo depois, começou estágio pós-doutoral na Austrália, durante seis anos e, desde 2019, lidera seu próprio laboratório em Queensland.
As discussões do Simpósio Araucária ocorreram no Campus Botânico da UFPR. Fotos – João Cubas
Texto: João Vitor Oliveira, com orientação de João Cubas (Aspec/SCB/UFPR)
