Em seu TCC, a estudante de Ciências Biológicas Paula Giovanna Ciapparini, sob orientação da professora Maria Fernanda Werner e co-orientação do mestrando Jorge Dallazen, buscou comprovar cientificamente o efeito analgésico e anti-inflamatório da pectina da acerola em diferentes modelos experimentais de dor em camundongos.
Relatos presentes em sites e blogs indicam que as pectinas cítricas, que são fibras solúveis, podem amenizar sintomas de quem possui uma doença inflamatória crônica. Para comprovar isso, Paula realizou induções de dor e inflamação aguda em camundongos e observou suas reações após o consumo da acerola.
Embora haja necessidade da realização de novos estudos, os resultados foram positivos, já que as hipóteses foram comprovadas. “Observamos que o polissacarídeo da acerola reduziu comportamentos característicos de dor, possivelmente devido a seu efeito anti-inflamatório, uma vez que a pectina diminuiu a migração celular, liberação de citocinas pró-inflamatórias e estresse oxidativo”, explica Paula.
Uma das dificuldades que a estudante encontrou foi em relação à sensibilidade dos animais, uma vez que fatores externos podem interferir nos resultados. Para o futuro, Paula deseja seguir na área acadêmica, ingressar no mestrado em Farmacologia e realizar pesquisas sobre o trato gastrointestinal.
O cultivo de acerola teve um forte crescimento a partir do final do século XX, sendo hoje uma importante cultura para a agroindústria. Foto – Divulgação