De tempos em tempos trazemos algum colega servidor aqui no BioNews. Colegas que estão chegando, colegas que estão se aposentando… Hoje vamos conhecer um pouco do Rauce Marçal Silva, que é relativamente novo no Setor de Ciências Biológicas, apesar de já trabalhar na UFPR há bastante tempo!
Natural de Dracena, cidade do interior de São Paulo, ainda na adolescência Rauce descobriu sua paixão pela Fisioterapia, uma profissão que o cativou devido à relação com seu pai, que na época jogava futebol. Seu pai precisou passar por algumas cirurgias no joelho e, durante todo o processo de recuperação, um amigo fisioterapeuta o acompanhou de perto, realizando os atendimentos necessários. Essa relação próxima despertou o interesse de Rauce não só pela Fisioterapia, mas também pelo esporte.
Anos depois, já decidido sobre qual área seguir, Rauce cursou Fisioterapia na PUC Campinas/SP. Após a graduação, ele teve a oportunidade de trabalhar em Joinville/SC, onde se estabeleceu durante um tempo. Foi na cidade catarinense que ele teve sua primeira filha, Ana Laura (28). Formada em Direito pela UFPR, ela atua hoje como servidora pública. Depois vieram ainda a Betina (15) e a Clara (8) para completar a família.
Em seguida, prestou concurso para atuar como fisioterapeuta no HC da UFPR, em Curitiba. Aprovado com êxito, deu início a uma nova trajetória profissional. Foram mais de 25 anos no HC, cinco deles ocupando o cargo de chefe da Unidade Multiprofissional, com mais de 90 servidores na equipe. Por conta da pandemia do Covid-19, a função – linha de frente no combate ao vírus – representou um desafio extra. “Vimos muito sofrimento, histórias muito tristes. Foi um grande aprendizado, profissional e pessoal”, conta Rauce.
Durante todos esses anos no HC, Rauce e sua equipe desempenharam papel fundamental na criação do curso de Fisioterapia na UFPR. Cerca de três anos antes do curso ser criado oficialmente, a equipe começou a trabalhar na estruturação do curso, com a intenção de sediá-lo, inicialmente, no Setor de Ciências da Saúde, porém essa iniciativa não se concretizou.
Após sua longa trajetória no hospital, Rauce teve a oportunidade de assumir o cargo de Fisioterapeuta no Centro de Educação Física e Desportos (CED), vinculado ao Setor de Ciências Biológicas (SCB). Aqui, ele já se adaptou ao novo ritmo, está estruturando o Centro de Estudos do Comportamento Motor (Cecom) e, de volta às salas de aula, cursando o mestrado em Atividade Física e Saúde, no Departamento de Educação Física mesmo.
Além de sua atuação profissional, Rauce é apaixonado por esportes paralímpicos e exerce a função de classificador funcional de rugby. Esse cargo é responsável por separar os atletas de acordo com o tipo e o grau de deficiência, permitindo que eles participem das provas paralímpicas. As regras para essa classificação são estabelecidas pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC) e o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). A classificação é dividida em três categorias: visual, intelectual e funcional, sendo esta última a que possui o maior número de classes. “Como fisioterapeuta, sempre fui apaixonado pelo esporte paralímpico e acompanhava de perto. Quando surgiu a oportunidade de me tornar classificador, decidi seguir em frente”, finaliza.
Nossas boas-vindas ao Rauce e votos de que aqui no SCB também possa se realizar na sequência de sua carreira!
Por Aspec/SCB/UFPR