Maria Luiza Petzl-Erler, professora do Departamento de Genética, tem significativa participação na história dos estudos genéticos do Brasil e do mundo. A escolha por estudar biologia vem da sua fascinação pela vida e o interesse pela genética surge ainda na graduação em um programa de monitoria. Já na década de 1990, a pesquisadora estudou povos indígenas do Paraná do Mato Grosso do Sul e fez uma importante descoberta: uma variedade de HLA (proteína celular) nos índios que até então não se tinha conhecimento em europeus, nem em descendentes africanos. Outra conquista foi a descoberta, em parceria com USP, UFRS e Harvard, de que índios da Amazônia e do Planalto Central partilham traços genéticos com nativos da Oceania e sudeste da Ásia, algo novo para a pesquisa sobre a origem dos primeiros americanos. O foco de sua pesquisa, em geral, é a diversidade genética humana e nos últimos anos tem se dedicado ao estudo de doenças complexas, autoimunes e infecciosas, como o Fogo Selvagem. O Laboratório de Genética Molecular Humana, do qual é fundadora e coordenadora, é um dos lideres mundiais no estudo da doença. Sobre ser referência em sua área de atuação, Petzl-Erler relata: “Quando fiz doutorado e pós-doutorado, tive convite para trabalhar na Alemanha e nos EUA. Seria fácil ficar nestes lugares, onde há muitas possibilidades, mas resolvi ficar aqui no Brasil e fazer a diferença”.