Márcia Cristina Mendes Marques, professora do Departamento de Botânica, sempre demonstrou interesse pela vida animal e pela natureza. A escolha pela biologia surge ao se indignar com extinção do mico-leão dourado e com a caça às baleias. Após a graduação pela UEL, fez o mestrado pela Unicamp e na sequência ingressou na UFPR. Exerce ativamente a docência e sente-se grata por ter orientado quase uma centena de trabalhos. “O contato diário com as mentes curiosas e sonhadoras dos alunos é combustível para o dia a dia da profissão”, ressalta. Seus estudos analisam a capacidade da Mata Atlântica de se recuperar de um distúrbio ou desmatamento, ou se é necessária a intervenção humana. Foi coordenadora da Pós-Graduação e chefe do Departamento, além de fazer parte de comitês de pesquisa, colegiados e coordenar o Laboratório de Ecologia Vegetal. Fora da UFPR, é ativa em sociedades científicas e atualmente é vice-presidente da Abeco (Associação Brasileira de Ciência Ecológica e Conservação). Ela acredita que, pelas sociedades, os cientistas se organizam para tornar a ciência mais forte e a transmissão do conhecimento para a sociedade mais efetiva. A professora luta também pelo reconhecimento das mulheres cientistas. “O passo mais difícil, dentro da ciência, é conseguir estar em pé de igualdade com os homens nas posições de maior destaque. Não é só o acesso. É desejável que as mulheres permaneçam e atinjam o maior grau, sejam inspiração para outras”, enfatiza.