Um grupo de estudantes do curso de Fisioterapia da UFPR realizou visitas técnicas nas Termas de Piratuba, Santa Catarina e de Marcelino Ramos, Rio Grande do Sul, nos dias 25 e 26 de março de 2022.

O objetivo da atividade foi desenvolver competências e habilidades como fisioterapeutas, além de identificar conceitos de práticas integrativas e complementares em saúde da Fisioterapia e a aplicação do termalismo social. Isso visa a aplicação dos conceitos aprendidos durante a disciplina de Fisioterapia e Hidrotermalismo, coordenada pela professora Vera Lúcia Israel.

“Nós fomos muito bem recepcionados, contaram a história do local, pontuaram os benefícios e o diferencial das águas termais, nos mostraram toda a estrutura das termas, bem como sanaram todas as nossas dúvidas”, conta o discente Luiz Fernando Isaias da Rocha.

A acadêmica Gabriella Possas Fagundes destaca que as estruturas desses locais permitem o lazer e o tratamento de doenças, pela associação dos benefícios da água termal com as técnicas desenvolvidas na fisioterapia aquática: “Consegui observar a importância de um fisioterapeuta nestes locais, uma vez que se associar os benefícios da água termal com a Fisioterapia aquática, os efeitos para a saúde são ainda melhores”.

Para a estudante Thais Cristine dos Santos de Oliveira, há a necessidade dos profissionais fisioterapeutas se inserirem nesses ambientes, o que ainda não ocorre nos dois espaços visitados. “Tenho certeza que só por estarmos lá e compartilharmos de todos os ganhos que poderia ter a partir disso, alguma semente foi plantada, e quem sabe no futuro eles possam ampliar essa equipe”, explica.

Alunos de Fisioterapia junto à profissional de Educação Física do Thermas de Piratuba. Foto: arquivo pessoal

Sobre a Fisioterapia Aquática

De acordo com a equipe, a Fisioterapia Aquática (FA) está inserida nas práticas complementares e integrativas recomendadas pelo Ministério da Saúde.  Porém, há uma inconsistência no registro de informações nos serviços de saúde, em especial na área de FA indicando que mais pesquisas sejam realizadas e que haja uma abertura no mercado de trabalho nesse campo:

“Ao longo dos próximos anos, o uso de recursos de água, em diferentes ambientes, Spa, água mineral, talassoterapia e termalismo social estarão mais envolvidas na prática dos fisioterapeutas, como prevê a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPICs). 

Os fisioterapeutas na área da Fisioterapia Aquática desenvolvem a interface de recursos terapêuticos da água com diferentes campos de conhecimentos como: biologia, turismo, geografia, engenharia ambiental, população, meio ambiente e desenvolvimento sustentável de Meio Ambiente.

Esta ação intersetorial abre o mundo do trabalho, gerando novos espaços de prática, permitindo um maior desenvolvimento de ocupação profissional, com a abrangência de promoção, prevenção e reabilitação em saúde das pessoas que frequentam espaços hidrotermais pelo uso terapêutico dos recursos aquáticos”. 

Turma 2018 de Fisioterapia da UFPR na Thermas de Marcelino Ramos, RS. Foto: arquivo pessoal

 Texto elaborado com informações de Gabriella Possas Fagundes; Jean Maikel Rodrigues Kus; Luiz Fernando Isaias da Rocha; Thais Cristine dos Santos de Oliveira e da professora Vera Lúcia Israel.