Um estudo clínico conduzido pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), em parceria com a empresa Ecco Fibras, avaliará os efeitos do uso da laserterapia no tratamento da dor crônica em pacientes com fibromialgia.
Para isso, a equipe coordenada pela professora Raciele Ivandra Guarda Korelo, do Departamento de Prevenção e Reabilitação em Fisioterapia, seleciona 60 mulheres, de 18 a 60 anos, com o diagnóstico da doença. Elas passarão por avaliações e intervenções com ou sem o uso da técnica conhecida como Irradiação Intravascular de Sangue a Laser Modificada (mILIB, em inglês).
A pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética do Setor de Ciências da Saúde. As interessadas em participar podem entrar em contato com a equipe pelo e-mail: ilibfibromialgia@gmail.com.
Participam do estudo as estudantes Anna Carolina A. dos Santos; Caroline Padilha; Stephanie N. Lenz e Taisy A. de Melo, com orientação de Raciele e do professor Eduardo Paiva, do Departamento de Clínica Médica.
Raciele explica que a técnica age no sistema circulatório e imunológico, aumentando a circulação, o aporte de oxigênio, de nutrientes, combatendo radicais livres que aceleram o envelhecimento e o aparecimento de doenças, entre outros benefícios. “Seu uso é difundido na prática clínica para o tratamento da dor crônica, porém com poucas pesquisas no caso de pacientes com fibromialgia”. A Ecco Fibras forneceu quatro aparelhos portáteis e vestíveis desenvolvidos para a laserterapia.
O estudo terá início nos próximos dias. As participantes passarão por avaliação terapêutica com algometria (para medição de dor) e responderão questionários sobre aspectos relacionados à dor, funcionalidade, depressão, ansiedade e qualidade de vida.
Depois, elas serão divididas em dois grupos, que passarão por oito intervenções de educação em saúde associadas à aplicação da mILIB real ou placebo. Novas avaliações ocorrerão imediatamente após as aplicações e depois de um mês do término da intervenção. Todas as atividades ocorrerão no Campus Botânico da UFPR (Rua Coração de Maria, 92).
A coordenadora do estudo explica que a parceria proporciona às discentes o acesso a diferentes tecnologias disponíveis para o tratamento da dor crônica. “O mercado atual está repleto de inovações e acompanhá-las é cada vez mais desafiador. O objetivo é sensibilizar os discentes para incorporarem as novas tecnologias na prática clínica, baseada em evidências científicas”, ressalta.