Entre os dias 25 e 26 de setembro, o Setor de Ciências Biológicas sediou o Seminário de encerramento do programa CAPES PrInt Biodiversidade (RIBIMA e RIEB). O objetivo foi debater possibilidades de pesquisa no exterior e apresentar as atividades realizadas por meio do PrInt, Programa Institucional de Internacionalização da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) que beneficiou 36 instituições, incluindo a Universidade Federal do Paraná (UFPR), com a participação de 17 subprojetos, bolsas de doutorado sanduíche, pós-doutorado e a vinda de profissionais e pesquisadores estrangeiros. O programa contemplou 197 temas estratégicos em colaboração com pelo menos 86 países nas 36 instituições de ensino selecionadas. 

Quatro projetos da área Biodiversidade e Meio Ambiente do Setor receberam apoio e dois deles organizaram o evento: o International Research Network on Biodiversity Evolution (RIEB), coordenado pela professora Rosana Moreira Rocha, do Departamento de Zoologia, e o Internationalization Network on Biodiversity and Environment: Threats and Conservation of Biodiversity (RIBMA), coordenado até 2022 pela professora Márcia Marques, do Departamento de Botânica, e até este ano pelo professor Ângelo Parise Pinto, também do Departamento de Zoologia. A parceria com a CAPES começou em 2018 e, inicialmente, iria até 2022, mas foi estendida até 2024.

Programação

O evento, que concluiu as atividades dos dois projetos da UFPR, debateu experiências e oportunidades no exterior, com a participação dos pesquisadores visitantes Carla B. Madelaire (San Diego Zoo Wildlife Alliance), Fabián A. Michelangeli (New York Botanical Garden), Lucas C. Majure (Florida Museum of Natural History) e  Valeria Trivellone (University of Illinois). 

Uma roda de conversa, com os discentes Fernando Jeronimo – PPGBot (doutorado), Matheus Salles – PPGZool (doutorado), Julia Rico – PPGEco (mestrado) e Francisco Teles Mota – PPGBioq (doutorado), abordou os desafios e oportunidades dos estudantes da UFPR no exterior por meio do PrInt.

Um segundo encontro abordou as experiências de professores que firmaram parcerias internacionais no período, com falas dos docentes André Padial (DBot), Carolina Freire (DFisio), Luciane Marinoni (DZoo) e Marcia Marques (DBot).  O evento contou ainda com workshops de professores, alunos e coordenadores de programas de pós-graduação do setor auxiliados pelo PrInt, palestras sobre os trabalhos desenvolvidos por meio da aliança e uma reunião técnica sobre o RIEB e o RIBMA. 

Para o professor Angelo, o Simpósio de encerramento do RIBIMA e RIEB mostrou o sucesso do programa PRINT no Setor de Ciências Biológicas e na UFPR. “Embora o processo de implantação dos projetos tenha sido desafiador, especialmente para criar os procedimentos internos e garantir as atividades nos anos de pandemia, o PrInt foi uma iniciativa bem-sucedida em relação ao seu objetivo seminal, ou seja, a busca por um maior trânsito de ideias e pesquisadores, bem como o estabelecimento de projetos em  colaboração internacional em pesquisa de ponta”, diz. 

Ainda segundo o pesquisador, o impacto em toda comunidade da UFPR foi positivo e deverá perdurar pelos próximos anos, com os resultados das colaborações e parcerias firmadas e consolidadas durante a execução do programa. “Um dos grandes diferenciais, além da vinda à UFPR de pesquisadores de renome em suas áreas de atuação, foi a modalidade capacitação, que possibilitou que estudantes de mestrado desenvolvessem parte de suas pesquisas em instituições no exterior por períodos curtos de até três meses”, acrescenta.   

Na visão da professora Márcia, o PRINT foi uma oportunidade única de alavancar a internacionalização na UFPR. Com ele, parcerias foram firmadas, estudantes capacitados, colaborações desenvolvidas, o que deverá impactar a produção científica da UFPR nos próximos anos. “Embora a CAPES tenha informado que deverá descontinuar esse programa nos próximos anos, substituindo-o por outro, na UFPR ficou o legado de trabalharmos com temas aglutinadores, o que é o primeiro passo para interdisciplinaridade.  Nas próximas oportunidades, este será o ponto que a instituição deverá aprimorar”, finaliza.

(Por Lívia Inácio, Aspec BL)