A eletroterapia e a massoterapia são possibilidades terapêuticas já empregadas no tratamento de diversas doenças e, quando associadas, recebem o nome de eletromassagem.
As técnicas serão aplicadas em um estudo clÃnico conduzido pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), no tratamento do bruxismo em pacientes adultos.
A equipe coordenada pela professora Raciele Ivandra Guarda Korelo, do Departamento de Prevenção e Reabilitação em Fisioterapia (DPRF), seleciona 60 adultos, com mais de 18 anos, que apresentem queixa ou diagnóstico de bruxismo. Todo o processo de avaliação e intervenção é gratuito.
Os participantes que suspeitem ou que não tiverem o diagnóstico clÃnico de bruxismo, passarão inicialmente por uma avaliação odontológica para confirmação e/ou diagnóstico. Em seguida, serão conduzidos para a avaliação fisioterapêutica com algometria (para medição do limiar de dor à pressão), paquimetria (para verificar a abertura mandibular) e aplicação de questionários sobre aspectos relacionados a dor, comportamento oral, funcionalidade mandibular, depressão, ansiedade e qualidade de sono.
Depois disso, serão divididos em dois grupos: Grupo Eletromassagem (GE) e Grupo Controle (GC), os quais passarão por etapas de avaliação ao longo das semanas.
Além das avaliações, o GE também receberá uma série de oito intervenções terapêuticas. Ao final do projeto, caso o participante tenha feito parte do GC e completado todas as suas avaliações, também poderá receber a eletromassagem.
A pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética do Setor de Ciências da Saúde. Os interessados em participar podem entrar em contato com a equipe pelo e-mail: bruxismo.fisioterapia@gmail.com ou pelo WhatsApp (41) 99199-1166.
Participam do estudo os estudantes Ayla N. C. Espinoza; Felipe V. França; Gabriela Herman; Milene A. Ramos; Mylena O. Viana, com orientação de Raciele e coorientação da professora Priscila Brenner Hilgenberg Sydney, do Departamento de Odontologia Restauradora da UFPR.
De acordo com a coordenadora do estudo, a eletroterapia e a massoterapia contribuem melhora e otimização do processo inflamatório, redução da dor e edema, promoção da funcionalidade dos tecidos, restauração e relaxamento da região muscular e aumento da circulação sanguÃnea. Contudo, a associação dessas técnicas é pouco difundida e faltam estudos na literatura atual.
As atividades ocorrerão no Campus Botânico da UFPR (Av. Prefeito Lothário Meissner, 632 e R. Coração de Maria, 92).