A professora Maria Angelina Canever de Lourenço era descendente de italianos, e nasceu em Orleans, Santa Catarina.
Veio para Curitiba no inÃcio da década de 1970, para cursar o mestrado em Genética, na UFPR. Após o mestrado, fez concurso e ingressou como professora no Departamento de Genética. Foi chefe do Departamento, ministrou disciplinas de Genética Geral e Humana para vários Cursos (Biologia, Odontologia, Enfermagem e Farmácia), participou ativamente dos projetos de pesquisa do Laboratório de Polimorfismos e Ligação e publicou vários artigos cientÃficos.
Seus amigos contam que Angelina foi uma profissional que desempenhou de forma correta e dedicada as atividades de transmissão e criação do saber, bem como as administrativas. SensÃvel, chegou a ministrar aulas visando alfabetizar as funcionárias encarregadas da limpeza na UFPR.
Nos anos 1990, em virtude do trágico falecimento de irmãos e cunhados, acolheu três sobrinhos (Tatiana, Marcelo e Cristiane), que enriqueceram sua vida de solteira. Faleceu aos 77 anos, no último dia 30 de abril. Os amigos e familiares sentirão muita falta da alegria, entusiasmo, carinho e amor à vida. Alguns deles expressam neste espaço a gratidão por terem compartilhado com Angelina suas trajetórias.
Angelina sempre será lembrada por mim e com certeza por muitos outros amigos pelo sorriso largo, o abraço afetuoso, o cuidado com a famÃlia, o prazer pelas viagens que rendiam boas histórias. Vai fazer falta nos nossos encontros. – Enilze Ribeiro
 Angelina, professora, colega e amiga, doce, meiga, sensÃvel, dedicada. Sempre alegre e bem disposta, acolhedora e gentil no trato com as pessoas.  Que sua viagem para a eternidade seja serena, como ela. Fica a lacuna para os que souberam desfrutar de sua amizade, simplicidade e do seu sorriso. Saudades. – Ida Gubert
Maria Angelina Canever, colega e amiga de muitas décadas com quem convivemos diariamente no Departamento de Genética da UFPR.
Não perdia nenhum Jantar Dançante comemorativo ao Dia dos Professores promovido pela APUFPR. Sempre presente com seu sorriso fácil e amigável, ia de mesa em mesa para rever os amigos da Genética e de outros departamentos e setores.
Revolucionou a disciplina de Genética para o curso de Odontologia ao adaptar seu programa concentrando-o, primordialmente, às anomalias da cabeça e em especial as odontológicas.
Fui seu Suplente de Chefe numa época de muitas conturbações, perseguições polÃticas e pessoais a docentes, departamentos e cursos de pós-graduação. Maria Angelina manteve-se como sempre Ãntegra,de personalidade e caráter inabaláveis em defesa de seus docentes, departamento e curso de pós-graduação. – Elias Karam Jr.
Uma bela lembrança que tenho de Angelina foi quando ela assumiu a chefia do Departamento de Genética numa época de turbulência e de perseguição. Ao conversarmos, ela me disse:”Eu peguei a chefia como se eu estivesse viajando no rabo de um foguete”. Angelina sempre foi muito gentil, de agradável conversa e amiga de todo mundo. – Bento Arce Gomes
Conheci Angelina quando ela tinha iniciado o Mestrado em Genética na Universidade Federal do Paraná, em meados da década de 1970. Eu era estudante de Ciências Biológicas e ingressei no Departamento de Genética como estagiária e monitora.
Logo que concluà o Curso, ingressei também eu no Mestrado. Fomos, ela e eu, as primeiras orientadas da Professora Eleidi Chautard Freire-Maia. Alguns anos mais tarde, ao voltar ao Brasil, ela já era professora na UFPR e mais tarde nos tornamos colegas no Departamento de Genética. Angelina era uma pessoa muito querida; transmitia serenidade e alegria, era dona de um sorriso maravilhoso.
Jamais esquecerei dela ministrando aulas de alfabetização para mulheres da limpeza da UFPR no horário de almoço. Esse é apenas um exemplo de quão especial ela sempre foi. – Maria LuÃza Petzel-Erler
Angelina trabalhou sempre com muita dedicação no Departamento de Genética. Como docente ministrando aulas, na chefia do Departamento e no desenvolvimento de projetos de pesquisas no Laboratório de Polimorfismos e Ligação.
Muitas vezes conversávamos e discutÃamos assuntos relacionados a forma e conteúdo das disciplinas que ministrávamos. Durante muito tempo desenvolvemos projetos de pesquisas em conjunto no Laboratório, que resultaram na publicação de diversos trabalhos de pesquisas.
Lamento profundamente a morte da estimada colega de trabalho. – Lodércio Culpi
Há poucos dias fomos notificados do passamento de nossa querida colega e amiga, Profª.Drª. Maria Angelina Canever de Lourenço. Tive a oportunidade de conhecê-la quando ingressou no nosso Departamento de Genética, e, ao longo de sua trajetória, sempre se mostrou muito competente nas suas atribuições didáticas e sempre benquista pelos alunos. A convivência com ela, sempre foi a melhor possÃvel, muito cordial e educada, e sempre alegrava as conversas no horário do cafezinho. Mesmo após a sua aposentadoria, sempre participava das reuniões sociais do departamento, com muita alegria e felicidade junto a todos nós. Lamentamos a sua precoce partida, a qual nos deixará muitas saudades. – Rui Fernando Pilotto
Como a maioria dos meus colegas, eu fui surpreendido pela notÃcia do falecimento da Angelina, mas ficam na minha lembrança duas caracterÃsticas pessoais da Angelina, que eram muito importantes: a ética e a tranquilidade. – Iglenir João Cavalli
Ainda vivÃamos os ecos da ditadura militar em 1985 quando fui suplente da Profa. Angelina na chefia do Departamento de Genética, um perÃodo ainda difÃcil para os jovens professores de então, especialmente em cargos como aquele que ela desempenhou galhardamente. Eu a conhecia desde meu ingresso no departamento, em 1979, mas o convÃvio se acentuou na ocasião pois, com alto espÃrito democrático,Angelina fazia questão de minha participação nas rotinas e decisões. Desde esta época aprendi a valorizar sua amizade, atitude afetuosa, porém firme e responsável, mantendo sempre os mais altos padrões de desempenho profissional. Angelina exerceu uma excelente chefia, mas certamente teria preferido dedicar todo seu tempo à s atividades que mais gostava: a pesquisa no Laboratório de Polimorfismos e Ligação do DG e as atividades de ensino.
De Angelina fica o mais precioso, sua imagem de mulher vital cuja alegria de viver decorria da consciência de enfrentar da melhor maneira os desafios que a vida lhe colocava, tanto em relação à sua famÃlia como na atividade profissional, alegria que se manifestava no sorriso aberto e atitude sempre acolhedora.
Nosso convÃvio se tornou ocasional a partir de 1991,quando se aposentou. Fazia anos que eu não a via quando a encontrei, em novembro passado, em uma reunião da APUFPR. Na ocasião, eu, ela e a Profa. Eleidi Chautard Freire-Maia sentamos juntos para um saboroso lanche, onde pudemos conversar até matarmos as saudades. Eu jamais imaginaria que tão breve a perderÃamos. Guardo de Angelina as melhores lembranças e muitas saudades. – João Carlos Marques Magalhães
Nossa Angelina partiu. Sua alma pura, simples e generosa marcou todos que tiveram a honra de conviver com ela. Uma amiga e colega rara,como poucas. Até um dia, amiga querida. – Juarez Gabardo, Mário Pederneiras e Remy Lessnau
Reavivar minhas memórias sobre Angelina ajuda a amenizar a grande tristeza de sua partida. Sou grata à Angelina pela sua presença amiga em minha vida profissional e particular.
Angelina foi minha aluna e orientada no mestrado, depois colega professora do Departamento de Genética e parceira em vários projetos de pesquisa. Alegria era sua marca. Amava dançar,cantar (especialmente em italiano), encontrar e ajudar amigos, viajar. Ah! viajar. Assim, conheceu meio mundo. E, através do Tempo, segue em frente, com serenidade e confiança, nessa nova e misteriosa viagem.Segue seu caminho, querida amiga. – Eleidi Freire-Maia