Hoje, 11 de fevereiro, é celebrado o Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência. A data é celebrada desde 2015 e tem o objetivo de promover a igualdade da participação de mulheres na ciência, sejam como alunas, exploradoras, inovadoras, engenheiras e inventoras.
De acordo com a Academia Brasileira de Ciências, as universidades públicas são responsáveis por 95% da pesquisa no Brasil e boa parte dela é realizada por mulheres. Para se ter uma ideia, em 2018, 77% dos alunos matriculados na graduação eram mulheres. Na pós-graduação, elas continuavam sendo maioria, 53% dos matriculados. Mas, se elas constituem mais da metade da população discente de graduação e pós-graduação, por que não são maioria nos cargos mais altos e docência?
“Parte das razões por trás desse quadro está relacionada aos papéis sociais de gênero e à falta de regulamentação para situações específicas, como a licença-maternidade. Embora os principais órgãos financiadores da ciência no Brasil prevejam mecanismos como, o afastamento da pesquisadora ou a prorrogação do pagamento de bolsas após o nascimento de um bebê, o período significa uma pausa na produção científica”, relata Marcia Abrahão, reitora da UnB.
Maria Rita de Assis César, Pró-Reitora de Assuntos Estudantis da UFPR, afirma que “Apesar de ser fundamental a presença feminina, o mais importante nessa perspectiva é a pauta feminista, tanto nos cargos internos e externos da universidade”. Maria Rita diz ser importante que mulheres que possuam cargos de gestão, trabalhem em favor de pautas que favorecem os direitos das mulheres e das minorias como um todo.
Neste dia, queremos deixar uma mensagem de reflexão sobre direitos e igualdade; de empatia e sororidade. Nosso Setor é composto de maioria feminina e todas fazem parte da ciência, sejam pesquisadoras ou não. Temos mulheres que colaboram com a limpeza do prédio, outras do corpo técnico que preparam laboratórios, que fazem a parte administrativa, as estagiárias, entre outras. Que neste dia, e em todos os outros, todas sejam valorizadas e respeitadas, pois todas colaboram pelo que o SCB e a UFPR produzem. “Afinal, não há trabalho que não possa ser feito, e bem-feito, por uma mulher”, relata Marcia Abrahão, reitora da Universidade de Brasília.
Texto: Louiselene Meneses / ASPEC