Gaúcha de Pelotas, a professora Anete Curte Ferraz já manifestava interesse pela área biológica desde os tempos de escola.  Formada em Odontologia, tornou-se professora da UFPR, no Departamento de Fisiologia, em 1986.  Lecionou para cursos da área de saúde e realizou pesquisas de destaque sobre a ação do óleo de peixe em problemas no mal de Parkinson e na depressão.

Anete conta que o amor à missão moveu seu caminhar na UFPR. “Nunca se deixem abater pelas incertezas da vida profissional. A ‘a vontade do coração’ é aquela que alimenta nossos sonhos mais distantes”, ressalta. Recentemente aposentada, Anete agradece “a todos os laboratórios e aos colegas que compartilharam momentos de alegria e desafios, e ao brilho do olhar dos alunos que sempre me motivou a continuar”.

Sua expressividade, simpatia e elegância são lembradas por colegas que compartilharam da sua jornada, que aqui neste espaço deixam seus depoimentos na íntegra.

“A Anete sempre foi uma excelente colega, simpática, alegre e bastante comunicativa. Segundo vários alunos, suas aulas tinham um quê de teatral que as tornavam divertidas, didáticas, além de terem excelente conteúdo de Fisiologia. Ela concluiu seu doutorado vários anos após estar formada, mas ainda assim, construiu também uma carreira científica sólida e de qualidade, o que foi bastante importante para o departamento e a consolidação de sua pós-graduação. Ainda que profissional competente, esposa e mãe, a Anete tinha uma elegância e bom gosto ao se vestir que sempre despertou admiração e comentários de suas colegas aqui da Fisiologia. E finalmente, por mostrar-se uma pessoa querida, amiga e preocupada com seus colegas, departamento, setor e com a UFPR, merece todas as homenagens!”

Professora Ana Maria Filadelfi

“A Professora Anete representa a dedicação à ciência e ao ensino, com competência firmeza e doçura.  Serviu sempre de inspiração para os colegas e alunos,pois aliou a essas atitudes o bom humor, a feminilidade e a elegância, associada a muita sensibilidade. Mulher de riso fácil, mas também muito emotiva. Sempre disposta a dar e receber abraços reconfortantes”.
Professora Ana Lucia Tarartuch

“Digo que Anete sempre nos alegrou e contagiou com seu bom humor e paixão pela neurofisiologia. E sempre muita elegância também. Professora extremamente vocacionada”.

Professora Carolina Arruda Freire

“Nossa amizade começou há mais de dez anos, quando a procurei para que ela fosse minha orientadora de mestrado. Logo na primeira conversa com toda a delicadeza ela me explicou sua linha de pesquisa. A partir daquele momento, começamos uma jornada da qual eu me orgulho de ter passado ao seu lado. Se hoje sou pesquisadora, devo isso à minha mestra. Porém, mais importante que isso, ela me ensinou o que realmente é ser um professor. A minha profissão de professora aqui na universidade a ela. Ao longo desses anos ela me mostrou que ser professor não é só compartilhar conhecimento, mas ela mostrou com maestria que ser professor é atuar na formação do caráter do aluno, é fazer com que ele cresça não só no aspecto científico, mas como pessoa. Poucos conseguiram desenvolver as qualidades que ela tem: simplicidade, companheirismo com os colegas, que deveriam ser praticados por todos. Hoje realmente a tenho como uma amiga, de longas conversas e muitas risadas. Por isso, a minha felicidade ao vê-la deixando um legado de dedicação, de amor, de respeito ao próximo e de dignidade. Por isso, meu imenso agradecimento”.

Professora Ana Marcia Dellatre