A professora Carolina Arruda de Oliveira Freire, do Departamento de Fisiologia, é natural do Rio de Janeiro. Bióloga marinha, fez doutorado na Cornell University, nos EUA, o que era um de seus sonhos. Fez a parte prática da Tese na Alemanha, assim teve experiência de pesquisa nos dois países, com bolsa CNPq. Na sequência prestou concurso para a UFPR, onde atua há 23 anos. Carolina relata nunca ter sofrido por preconceito por ser mulher, ao longo de sua vida acadêmica. Mas afirma que as mulheres precisam de atenção: “Se olharmos bem, ao longo da história e mesmo hoje em dia, parece que as mulheres precisam pedir licença para simplesmente existir, em muitos lugares. Isso é muito absurdo, nem minoria somos! Além disso, em qualquer situação de sofrimento humano coletivo no mundo, via de regra as mulheres sofrem mais”. Por causa disso, concorda com a relevância do dia 8 de março, para que isso mude. Em relação às mudanças climáticas do planeta, um dos focos principais de seu interesse, tenta passar aos alunos (especialmente da Biologia) a consciência da mudança ambiental e de que o papel deles é muito importante: “Nós (humanidade) vamos embora, mas a Terra vai continuar. Não é o planeta que precisa ser protegido, mas as próximas gerações humanas.” Como professora, chama atenção dos alunos para a gratidão, para o esforço, pois a maturidade não vem só com o tempo, mas com o trabalho duro, constante. Carolina se sente totalmente realizada com sua carreira e ressalta que é extremamente grata aos seus pais, professores, às agências de fomento, à UFPR.