A professora Helena Cristina da Silva Assis, do Departamento de Farmacologia, desde criança sonhava em ser médica veterinária. Durante a graduação começou o contato com peixes, quando se envolveu em uma pesquisa sobre a mortalidade desses animais em uma região do Mato Grosso do Sul. Ao final da faculdade, foi a primeira médica veterinária a ser contratada pela Surehma, atual IAP – Instituto Ambiental do Paraná. Não muito tempo depois, presta concurso para ingressar na UFPR, apenas quatro dias depois do nascimento do primeiro filho. “Eu amamentei meu filho durante todo o concurso e sempre digo que ele praticamente nasceu na Farmacologia”, relata. Ao entrar na UFPR, segue a linha de pesquisa sobre toxicologia em peixes, ministrando e coordenando disciplinas e orientação nos programas de mestrado e doutorado. Também teve trajetória de gestão na universidade. Iniciou como chefe do Departamento, atuou como vice e coordenadora do curso de Pós-graduação. Também foi presidente e vice da Sociedade Latinoamericana de Toxicologia e Química Ambiental (SETAC) e atualmente é representante da América Latina no conselho mundial desta instituição. Hoje, suas pesquisas focam nos efeitos que contaminantes – como fármacos, nanopartículas e cianotoxinas – presentes na água podem trazer para a saúde animal e humana. Helena sente orgulho de ser uma das pioneiras nesses estudos na UFPR. “Hoje vejo frutos sendo colhidos através de alunos inseridos em universidades e órgãos governamentais”, sintetiza.