A gaúcha Neiva Leite tem dupla formação: em medicina e educação física. Isso lhe possibilitou, desde a sua chegada ao Departamento de Educação Física (DEF), nos anos 1990, a trabalhar com pesquisas relacionadas à área da saúde. Sua ênfase é no exercício como terapêutica em pessoas com algum problema de saúde. Também coordenou um projeto de pesquisa e extensão de ginástica laboral com os funcionários do Setor de Ciências Biológicas e escreveu um livro sobre o assunto. Desde 2002, a professora atua com trabalhos relacionados à obesidade, com publicações internacionais sobre o assunto. Entre alguns projetos de pesquisa do Núcleo de Qualidade de Vida (NQV), o qual coordena, está a análise da intensidade do exercício intervalado com adolescentes obesos e dos polimorfismos genéticos nas respostas ao treinamento com exercícios físicos. Neiva credita o seu êxito nesses estudos às parcerias com pesquisadores do Departamento de Genética e do Hospital de Clínicas da UFPR, entre outros. “O ponto alto da universidade é esse intercambio maravilhoso”, sintetiza. A professora valoriza também o contato com os estudantes. “É uma troca de energias e é bilateral. Eu aprendo e gosto de estar todo o dia em sala de aula. É um aprendizado contínuo e uma forma de manter a juventude”, ressalta. Embora exija comprometimento, a docente tenta ser positiva nos ambientes em que atua: “Costumo usar algumas palavras mágicas: a gentileza, o respeito, a humildade. Se as pessoas guardassem esse tipo de sentimento, o mundo seria bem melhor”.